São José a Criciúma – Serras Catarinenses
Saíram de São José as 07 h., o dia não seria de muitos quilômetros, mas de alguns desafios, muita aventura e certamente muita emoção, pois teria as Serras Catarinenses como desafio.
Tomaram café da manhã e seguiram viagem.
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Por volta das 09h30m, a moto apresentou um problema “técnico”: soltou o pedal do cambio. Pela primeira vez tinham um incidente em viagem. Jorge parou em um restaurante e prendeu o pedal com as ferramentas que tinha. Poucos quilômetros adiante, as 09h40min., soltou novamente. Procuraram um posto de combustível e 10 minutos depois, com a ajuda de um borracheiro, tudo ficou em ordem e seguiram viagem.
Depoimento Jorge: “Qual não foi minha surpresa quando fui tentar reduzir a marcha e não encontrei a alavanca de cambio onde deveria estar... Fiquei procurando ela com o pé e nada... pensei: f...u! Fui levando ela em 6ª. marcha até um lugar onde poderia parar em segurança e quando desci da moto vi, com certo alívio, que a alavanca estava literalmente pendurada, pelo cabo, mas completamente solta do eixo onde deveria estar. Eu já havia lido em alguns relatos que a VStrom “costumava” dar algum problema no pedal de cambio, mas nunca descobri qual problema era esse. Felizmente o problema é bem fácil de resolver: A alavanca de cambio tem um eixo fixo nela que tem uma porca logo atrás da haste da alavanca, e na continuação do eixo vem a rosca que pega no quadro da moto. Acho que com a vibração ela vai soltando e não dá pra perceber. No kit original da moto tem uma chave 17 que aperta esta porca, mas o problema é que a chave é mais larga que a porca, então tive que desgastar a chave (da 2ª vez que soltou) num esmeril de um borracheiro da estrada e aí consegui apertar legal este eixo no quadro. Pra quem tem VStrom, dêem uma boa olhada na alavanca de cambio e vão entender o que estou dizendo. Naquela revisão geral da motoca que precede uma grande viagem é bom dar um aperto naquele eixo. Fica a dica!”
Chegaram a Gravatal por volta das 10h, seguiram em direção a Serra do Corvo Branco. Esta serra não estava nos planos iniciais da viagem, mas após Jorge falar com alguns motociclistas moradores de SC e RS, decidiram incluir mais este passeio, afinal todos, sem exceção, falaram da beleza e da emoção que é passar por este lugar. Mesmo tendo seus 30 km de terra batida, realmente vale a pena passar por ela. A forma mais emocionante de percorrê-la é indo de Grão Pará a Urubici.
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Aproveitamos para agradecer ao “amigo motociclista” Clemir pelas dicas e por nos fazer conhecer este lugar maravilhoso.
Mas cuidado: nem todas as motos conseguem superar suas curvas fechadas em meio a pedriscos e muita areia. Para aqueles que querem arriscar vale os momentos de sufoco, pois são superados pela beleza extrema.
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A serra do Corvo Branco está localizada na SC439, entre as cidades de Grão Pará e Urubici e a uma altitude de 1470 m. ao nível do mar.
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Trata-se de uma linda estrada, formada por um emaranhado de montanhas, que possui em seu cume o maior corte vertical feito em rocha do Brasil, com dois paredões de 90 metros, onde se inicia 30 km de descidas íngremes e curvas assustadoras, tendo apenas 600 metros de pavimentação em seu início. Trata-se de uma obra muito importante, incrustada na rocha pela mão do homem e pelas máquinas. Possui vários mirantes que permitem o acesso a um visual deslumbrante e inesquecível.
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Uma de suas lendas fala de um caboclo que, andando por aqueles lados, achou um ninho de pássaros brancos. Levou-os para casa. Os pássaros foram crescendo e tornaram-se pretos. Eram Corvos! Por isso leva este nome.
Levaram cerca de duas horas para percorrer a serra e ao seu final chegaram à estrada que os levariam ao acesso para a Cachoeira Véu da Noiva e o Morro da Igreja, onde fica a Pedra Furada.
Por volta das 09h30m, a moto apresentou um problema “técnico”: soltou o pedal do cambio. Pela primeira vez tinham um incidente em viagem. Jorge parou em um restaurante e prendeu o pedal com as ferramentas que tinha. Poucos quilômetros adiante, as 09h40min., soltou novamente. Procuraram um posto de combustível e 10 minutos depois, com a ajuda de um borracheiro, tudo ficou em ordem e seguiram viagem.
Depoimento Jorge: “Qual não foi minha surpresa quando fui tentar reduzir a marcha e não encontrei a alavanca de cambio onde deveria estar... Fiquei procurando ela com o pé e nada... pensei: f...u! Fui levando ela em 6ª. marcha até um lugar onde poderia parar em segurança e quando desci da moto vi, com certo alívio, que a alavanca estava literalmente pendurada, pelo cabo, mas completamente solta do eixo onde deveria estar. Eu já havia lido em alguns relatos que a VStrom “costumava” dar algum problema no pedal de cambio, mas nunca descobri qual problema era esse. Felizmente o problema é bem fácil de resolver: A alavanca de cambio tem um eixo fixo nela que tem uma porca logo atrás da haste da alavanca, e na continuação do eixo vem a rosca que pega no quadro da moto. Acho que com a vibração ela vai soltando e não dá pra perceber. No kit original da moto tem uma chave 17 que aperta esta porca, mas o problema é que a chave é mais larga que a porca, então tive que desgastar a chave (da 2ª vez que soltou) num esmeril de um borracheiro da estrada e aí consegui apertar legal este eixo no quadro. Pra quem tem VStrom, dêem uma boa olhada na alavanca de cambio e vão entender o que estou dizendo. Naquela revisão geral da motoca que precede uma grande viagem é bom dar um aperto naquele eixo. Fica a dica!”
Aproveitamos para agradecer ao “amigo motociclista” Clemir pelas dicas e por nos fazer conhecer este lugar maravilhoso.
Mas cuidado: nem todas as motos conseguem superar suas curvas fechadas em meio a pedriscos e muita areia. Para aqueles que querem arriscar vale os momentos de sufoco, pois são superados pela beleza extrema.
A serra do Corvo Branco está localizada na SC439, entre as cidades de Grão Pará e Urubici e a uma altitude de 1470 m. ao nível do mar.
Trata-se de uma linda estrada, formada por um emaranhado de montanhas, que possui em seu cume o maior corte vertical feito em rocha do Brasil, com dois paredões de 90 metros, onde se inicia 30 km de descidas íngremes e curvas assustadoras, tendo apenas 600 metros de pavimentação em seu início. Trata-se de uma obra muito importante, incrustada na rocha pela mão do homem e pelas máquinas. Possui vários mirantes que permitem o acesso a um visual deslumbrante e inesquecível.
Uma de suas lendas fala de um caboclo que, andando por aqueles lados, achou um ninho de pássaros brancos. Levou-os para casa. Os pássaros foram crescendo e tornaram-se pretos. Eram Corvos! Por isso leva este nome.
Levaram cerca de duas horas para percorrer a serra e ao seu final chegaram à estrada que os levariam ao acesso para a Cachoeira Véu da Noiva e o Morro da Igreja, onde fica a Pedra Furada.
A cascata Véu da Noiva, como é chamada pelos moradores, fica a cerca de 7 km da estrada em uma propriedade particular que cobra R$ 2,00 por pessoa, vale pela beleza e pelo barulho característicos das quedas d´água, mas nada que impressione.
Uma velha lenda indígena conta que um índio chamado BICI, que veio desposar uma índia do lado de Santa Tereza, foi morto no caminho e ela, de paixão, debruçou-se no monte e chorou tendo originado a cascata.
Uma obra prima da natureza que faz parte do Parque Nacional de São Joaquim. Trata-se de uma formação rochosa, uma escultura natural em forma de janela, com abertura que mede aproximadamente 30 metros de circunferência. A pedra fica localizada na divisa dos municípios de Orleans, Bom Jardim da Serra e Urubici.
Conta a lenda que os Jesuítas esconderam quarenta cargueiros de ouro e prata em frente à janela furada antes de serem expulsos pelos índios, e de tempos em tempos se ouve histórias de alguém que encontra um cofre, caixa ou arca com ouro. Muitos são os aventureiros que chegam a Pedra Furada pelas trilhas.
Imagens em movimento!
Depois de conhecer estes lugares fantásticos na Serra Geral, os “viajeiros” pegaram a estrada novamente, agora em direção a outro grande desafio: a Serra do Rio do Rastro. Esta serra estava nos planos desde o início, depois que um grande amigo motociclista, Sandro Hofer, passou por lá e contou sobre a maravilhosa sensação provocada por suas curvas.
Esta serra é um dos desafios no Brasil que está na lista de muitos motociclistas e isto não era diferente para Jorge.
Localiza-se no município de Lauro Muller, e está a mais de 1421 m. de altitude, onde fica o mirante. O ponto mais elevado da serra é o Morro da Ronda com 1507 m. de altitude.

O percurso da Serra do Rio do Rastro é caracterizado por subidas íngremes e curvas fechadas, bem como por ótimos locais para desfrutar a paz proporcionada pela natureza. Coberta pela mata Atlântica, com uma fauna bem diversa, com vários tipos de felinos de pequeno, médio e grande porte, uma fauna de macacos (bugios, macacos-prego, sagüis), quatis, pacas, mãos-peladas, tatus, tamanduás e iraras, que são animais comuns numa mata atlântica preservada. Também há uma avifauna composta de águias chilenas, tiês-sangue, tucanos, araras, papagaios etc.
Além da grande beleza da paisagem, a Serra do Rio do Rastro faz parte de uma coluna estratigráfica clássica do antigo supercontinente Gondwana no Brasil, a Coluna White, tendo sido classificada como um dos sítios geológicos brasileiros, pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos.
Esta coluna foi descrita pela primeira vez pelo geólogo americano Israel. C. White, em 1908, quando da publicação do Relatório Final dos levantamentos desenvolvidos durante 1904 a 1906, para a Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brasil. Colaboraram John H.Macgregor e David White, apoiados por uma equipe composta por técnicos e funcionários brasileiros. Os estudos realizados resultaram num vastíssimo acervo de dados sobre os carvões sul-brasileiros, estratigrafia e paleontologia da Bacia Sedimentar do Paraná. A partir desta data, esta coluna estratigráfica ficou consagrada como Coluna White, em homenagem àquele pioneiro.
A relação da região com o setor mineral brasileiro data de 1841, quando a presença de "carvão de pedra" foi constatada por técnicos e cientistas brasileiros e estrangeiros em missão do Governo Imperial Brasileiro. Em 1903, o então Governador Vidal Ramos inaugura uma estrada que partindo da atual localidade de Lauro Müller, permite o acesso até São Joaquim e Lages (a "Estrada Nova").
A Formação Rio do Rastro é uma formação geológica da Bacia do Paraná, que ocorre na Região Sul do Brasil, principalmente nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul (geoparque da paleorrota). É constituída por rochas de origem sedimentar, principalmente siltitos, argilitos e arenitos finos. O principal recurso mineral explorado são as argilas, empregadas nas cerâmicas. No início dos anos 80, a rodovia SC-438, que percorre a Serra, foi pavimentada e, posteriormente, no trecho do aclive mais espetacular, iluminada.
Por volta das 18h45min chegaram ao pé da Serra, mas Jorge decidiu subir e descer novamente.
Depoimento Andréa: “Foi engraçado, Jorge perguntou: Vamos fazer de novo! Perguntei a ele: Você não está cansado? Ele respondeu: “Muito, mas não sabemos quando estaremos por aqui de novo, então vamos!” Estávamos na verdade exaustos, mas foi ótimo, realmente valeu a pena!”
O pessoal do carro não acompanhou e ficou esperando nosso retorno. Se reencontraram por volta das 19h30min e seguimos viagem para Criciúma.
Depoimento Paula: "Saímos rumo as Serras, primeiro passamos pela Serra do Corvo Branco, lugar MARAVILHOSO, estrada de terra e às subidas bem íngremes, pensamos algumas vezes que o carro não subiria, dava um frio na barriga...rsrsrs Mas vale cada centrimetro de terra e frio na barriga, espetáculo!!! A cachoeira Véu da Noiva, legal, mas acho que faltou água...rsrsrs Adorei a Pedra Furada, que vista linda, muitas montanhas, verde, DEMAIS!!!! A parada no Schoko Haus para um chocolate quente eh obrigatória, (principalmente se for chocólatra como eu..rsrsrs) muuuuito gostoso e com friozinho então... Hummmmmm As donas super simpáticas! A Serra do Rio do Rastro também muuuuuito legal, cheio de curvas beirando as montanhas, cheio de hortênsias deixando-a ainda mais bonita! Adoramos!"
Chegaram a Criciúma as 08h30minh. A noite já chegava, após um longo e belo dia.
Depoimento de um Lascado (Douglas): “Pra mim as serras catarinenses foram uma boa surpresa, as mais belas que eu já andei no Brasil. Eu sei que de carro não é a mesma sensação, mas quem parar lá em cima da serra do Rio do Rastro vai apreciar uma vista realmente linda, a serra absurdamente sinuosa e cheia de hortênsias da um toque especial ao visual, acho tb porque vc sabe que logo vai estar passando por ali em todas aquelas belas curvas, e o melhor, vc sabe também que não esta indo para o trabalho”.
Hospedaram-se no Hotel Ibis, onde comemoram uma pizza e beberam vinho para comemorar a aventura.
Depoimento Jorge: “Aí está um passeio que eu diria obrigatório para quem é motociclista da região sul e sudeste do Brasil. Isso também vale para algum maluco que venha do nordeste, como eu...rsrsrs. Pelo fato de ser estrada de terra com muito pedrisco, achei melhor subir a Serra do Corvo Branco e depois descer a Serra do Rio do Rastro (e também subi-la e descê-la novamente...). É muito bonito e com certeza vale a pena. Com certeza as motos Trial levam larga vantagem, mas acho que com o devido cuidado dá pra fazer tudo isso com qualquer moto“.
Serra do Rio do Rastro em Imagens!
Para saber mais:
Total de Km Rodados: 387
Abastecimento: 40 litros
Hospedagem: íbis Hotel: Valor da diária: R$ 109,00
Rede de hotéis que evitam surpresas. Excelente para dormir e tomar um bom banho.
Contras: Não tem café da manhã incluso, estacionamento pago a parte.
Gasto total (com alimentação): R$ 310,15
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